neurodivergência
Vivemos numa era em que a diversidade neurocognitiva começa, finalmente, a ser reconhecida como parte da riqueza da condição humana.Termos como “neurodivergência” ou “perturbações do neurodesenvolvimento” têm ganho espaço no discurso clínico e social para nomear formas distintas — e muitas vezes invisíveis — de funcionamento cerebral.
Esta diversidade pode incluir, entre outras, condições como a Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA), o Autismo, a Dislexia ou a Discalculia.
A neurodivergência não é uma doença nem uma falha, mas sim uma expressão da variedade com que a mente humana se adapta, interpreta e reage ao mundo.
Algumas pessoas experimentam dificuldades marcadas na concentração, na regulação emocional ou na organização do pensamento. Outras sentem o mundo de forma intensificada, sensível aos estímulos, à repetição, aos padrões, ou têm uma forma singular de comunicar e de se relacionar.
Estas diferenças, por vezes subtilmente sentidas ao longo da vida, podem tornar-se mais visíveis em momentos de exigência ou transição, como a entrada na universidade, o início da vida adulta ou perante um novo contexto profissional.
Neste espaço disponibilizamos instrumentos de triagem que podem servir como ponto de partida para a reflexão pessoal e procura de ajuda profissional. Estes testes não são diagnósticos, nem substituem uma avaliação clínica feita por um profissional de saúde mental.
Os testes aqui apresentados foram traduzidos e validados para o público adulto e baseiam-se em critérios internacionalmente reconhecidos:
- A Escala ASRS-5 (para PHDA em adultos), adaptada do manual DSM-5, ajuda a identificar padrões de atenção, impulsividade e hiperatividade.
- O Quociente do Espectro do Autismo (AQ) permite identificar traços do espectro autista em pessoas adultas sem deficiência intelectual, mesmo que estes não tenham sido notados ou reconhecidos na infância.